terça-feira, 21 de abril de 2009

UMA LUZ NO FIM DO TUNEL



A descoberta oficial do gorila-das-montanhas completou cem anos nesta quinta-feira e, segundo o Fundo Mundial da Natureza, o WWF, apesar de a espécie continuar extremamente ameaçada de extinção, há alguma razão para se comemorar. O número de gorilas-das-montanhas está crescendo, lentamente.
A espécie Gorilla beringei beringei, oficialmente reconhecida pela ciência em 17 de outubro de 1902, foi quase totalmente dizimada ao longo desses cem anos, vítima da caça, de doenças e da redução drástica das matas em que vivem nas montanhas da África.
Apesar disso, os esforços recentes para preservar o gorila-das-montanhas começam a dar resultados. Em 1989, contavam-se 620 desses animais na natureza. Atualmente, são 674.
Metade deles, segundo o WWF, vive no Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, em Uganda. Os demais vivem no Parque Nacional dos Vulcões, no norte de Ruanda, no Parque Nacional Mgahinga, em Uganda, e no setor sul do Parque Nacional Virunga, da República Democrática do Congo.
'Esforços de organizações nacionais e internacionais para proteger essa espécie conseguiram salvar os gorilas-das-montanhas da completa extinção', afirmou Annette Lanjouw, diretora do Programa Internacional de Conservação dos Gorilas, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira pelo WWF.
O programa foi criado em 1991 pelas organizações WWF, Fauna e Flora Internacional e Fundação da Natureza Africana. O sucesso do programa se ampara, entre outras coisas, no ecoturismo. Segundo o WWF, mais de 10 mil turistas visitaram os parques nos últimos anos, em busca de observar de perto a espécie.
'Contudo, para assegurar que a espécie sobreviva pelos próximos 100 anos, precisamos eliminar as pressões que ainda existem sobre o seu hábitat natural.'
Segundo o WWF, a destruição das florestas é uma das maiores ameaças aos gorilas-das-montanhas. O desmatamento para transformar áreas protegidas em cultivos agrícolas reduziu seu hábitat para pequenas 'ilhas' de vegetação intocada.
A caça ilegal, a transmissão de doenças e as guerras nos países onde vive a espécie também contribuíram para sua drástica diminuição das populações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário